Livros Infinita - Entrevista com FELIPE SALI
Livros Infinita
Olá
Infiniteiros! Hoje teremos mais uma Entrevista com Autor/Escritor
(se você quiser conferir as anteriores, elas estão aqui
Entrevista: C.S.Camargo Entrevista: Autora da Saga Condenados).
(se você quiser conferir as anteriores, elas estão aqui
Entrevista: C.S.Camargo Entrevista: Autora da Saga Condenados).
Eu vou cuidar
da de hoje "pessoalmente" ;D
Como o
entrevistado é um antigo camarada, é justo, não é mesmo?
Mas fiquem
calmos que nossa querida Nikki Merin está ótima!
O Felipe Sali
está mandando muito bem na plataforma Wattpad de leitura online como um
verdadeiro Autor Revelação Independente, inclusive atraindo boas atenções, mas
ainda seguindo na árdua e já conhecida jornada independente rumo a uma editora
para publicação física.
Sem mais
delongas, vamos à entrevista!
Brunno: Olá
Sali, seja bem vindo. Por favor, conte um pouco sobre você.
Sali: Olá! Que
pergunta difícil! Eu sou um escritor de 23 anos de idade que também trabalha
como jornalista. Gosto de ler, tomar café e assistir filmes.
Brunno: Tinha
o interesse de ser escritor desde criança ou surgiu com o tempo?
Sali: Desde
criança. Nasceu comigo.
Brunno: Quantos livros você já concluiu? Conta um pouco sobre eles.
Sali:
Concluídos devem ser uns oito. Apenas dois eu considerei bons o suficiente para
levar ao público. Eles são o “IckPerspectiva" e o “Mais leve que o ar”, ambos
disponíveis no Wattpad.
Brunno: Ah!
Então você também é “perfeccionista”? Ou digamos... exigente? Te entendo...
haha.
Sali: Trabalhar
com livros já é bem difícil no Brasil. Ser o mais criterioso o possível com o
seu trabalho não é só uma opção, mas também um requisito básico para
sobrevivência.
Brunno: Perfeito!
E como funciona essa plataforma Wattpad?

Sou um grande
entusiasta do Wattpad. Tanto que, esse ano, fui convidado a me tornar um dos
embaixadores do site no Brasil.
Brunno: Isso é
muito legal. Acho que cheguei a te parabenizar na ocasião, mas de qualquer
forma, parabéns!
Sali: Muito
obrigado, Brunno. =)
Brunno: Então
você está com ótimos resultados na plataforma, correto? Evidentemente isso vem
devido a talento, mas o que você citaria como meios que te ajudaram e te
ajudam?
Sali: Sim.
Periodicidade, responder sempre os leitores e saber divulgar foram algumas das
coisas que me ajudaram.
Brunno: E como
você realizou a sua divulgação no início? Como ela está acontecendo hoje?
Sali: Ainda é
bem parecido. Uso muito as minhas redes sociais, divulgo em grupos específicos
do Wattpad e realizo ações junto aos meus leitores. Hoje em dia, posso contar
com eles para me ajudarem na divulgação. Também participo de eventos e dou
palestras, como qualquer escritor.
Brunno: Agora isso nos direciona para um assunto mais denso, mas extremamente importante: Editoras de Livros.
Escritores independentes trabalham bastante para conseguir a aprovação e o apoio de uma editora que publique um de seus livros sequer e apenas uma minoria consegue algo, mesmo existindo muita gente talentosa.
Primeiramente, o que tem a comentar sobre tudo isso de uma forma geral?

Escritores independentes trabalham bastante para conseguir a aprovação e o apoio de uma editora que publique um de seus livros sequer e apenas uma minoria consegue algo, mesmo existindo muita gente talentosa.
Primeiramente, o que tem a comentar sobre tudo isso de uma forma geral?
Sali: É legal
ter um espaço para falar sobre isso. Muitos blogs têm me usado como um bode
expiatório para exemplificar como as editoras estão “desconectadas com o leitor
padrão” ou “não dão valor ao autor nacional”. Não acho que isso seja totalmente
verdade.
Brunno: O que
pensa sobre a enorme facilidade de uma pessoa que seja "conhecida",
"artista" ou "celebridade" em conseguir publicar livros por
editoras grandes, mesmo não sendo uma pessoa que tem o sonho de escrever um
livro e que não teve nem metade do esforço que um escritor independente tem
para conseguir isso?
Sali: É
natural. Uma celebridade tem mais chances de vender que um desconhecido. Sei de
autores menores que só tiveram os seus livros publicados porque uma editora
conseguiu fazer um bom giro de caixa publicando uma celebridade. Então, é
válido.
Brunno: Então
você continua se esforçando bastante para alcançar esse objetivo/sonho.
Sali: Sim.
Brunno: Gostei
da sua opinião e da sua maturidade sobre o assunto e sobre os fatos. Nossa
intenção é realmente mostrar seu pensamento e deixar isso claro.
Você está em
uma jornada difícil, mas com talento e perseverança se alcança o objetivo. Nós
do Revista INFINITA apoiamos e acreditamos nos escritores independentes que
batalham pelos seus sonhos. Por favor, assim que conseguir sua editora venha
nos avisar! E quando publicar um livro novo no Wattpad também, é claro!
Sali:
Obrigado, amigos. Certamente avisarei!
Brunno: Quais
seus escritores/poetas preferidos? E qual foi o melhor livro que você já leu?
Sali: Melhor
livro é uma pergunta meio impossível de responder. Eu costumo dizer que é “Dom
Casmurro”, mas não tenho certeza.
Eu sou fã do Machado De Assis, Pablo
Neruda, Salinger, Clarice, Bukowski, Pedro Bandeira. A lista é enorme.
Brunno: Além
dos escritores, o que mais te inspira?
Sali: Muitas
das minhas ideias surgem durante conversas. Gosto de ouvir as histórias das
pessoas.
Brunno: Como é
a sensação de ter leitores que amam o que você faz e escreve? O que isso
significa pra você?
Sali: Tudo.
Certamente eles são a principal razão pela qual eu ainda não desisti. Ter
leitores como eles me faz querer ser uma pessoa e um escritor melhor.
Brunno:
Pessoalmente, fiz questão de ler seus livros para realizar essa entrevista com
você. Por isso agora farei perguntas mais direcionadas.
PERGUNTAS ESPECÍFICAS SOBRE
OS LIVROS ICK PERSPECTIVA E MAIS LEVE QUE O AR
Brunno: Ick na verdade se chama Ícaro (de Icarus), uma referência da mitologia
grega. É um antigo interesse seu ou foi apenas uma referência para essa
ocasião?
Sali: Todo tipo de mitologia me interessa muito. A história de Icarus representa muita coisa, por isso me chamou a atenção.
Brunno: Adorei
o estilo de finalizar os capítulos em um momento crítico, aumentando a
curiosidade para ler o próximo, além do tamanho dos capítulos serem curtos e
apropriados. Esses finais críticos que aumentam a curiosidade para o próximo
capítulo me lembram um pouco episódios de animes! Você usou isso como
referência ou alguma outra coisa?
Sali: A nossa
geração meio que cresceu com esses formatos, né? Animes, séries, novelas,
revistas em quadrinhos, todos usam desse artificio para prender o público. Foi
algo natural.
Brunno: A
maioria das pessoas aceitaram (compreenderam) bem o final da história?
Sali: Bem
melhor do que eu imaginei que seria. Não recebi uma única mensagem me xingando
pelo o que escrevi. Às vezes até eu me surpreendo com a maturidade do meu
público.
Brunno: Tem
algo de você no Ick ou em algum outro personagem seu?
Sali: Muito.
Ick e o Pablo (de outro livro) são personagens deliberadamente inspirados em
mim.
Brunno: Que
legal!
Brunno: Li que Pablo teve uma inspiração em Santos Dumont, como uma homenagem. Você já tinha apreciação por Dumont antes de pensar no livro? Como foi exatamente essa pesquisa sobre Dumont? Quais características específicas de Pablo você pode citar que veio dessa inspiração e homenagem?
Sali: Eu queria escrever um livro que brincasse com personagens históricos do Brasil e o Santos Dumont é incrível, é o personagem do nosso folclore que eu mais admiro.
Uma vez, li uma reportagem que explicava
como a vida amorosa do Santos Dumont foi afetada pela sua obsessão em criar um
avião. Me identifiquei, pois a minha também recebe duras surras por conta da
minha fixação por escrever.
Pablo acabou sendo uma mistura de
Santos Dumont e eu.
Pesquisar sobre ele foi divertido.
Encontrei diversas cartas que ele mesmo escreveu, então pude conhecê-lo mais
intimamente. Não existe muito material sobre ele nos Estados Unidos (onde
insistem em não assumir o fato de que o inventor do avião não foi um norte-americano),
mas encontrei muito material em francês sobre seus feitos.
Até hoje tenho uma pilha de livros
sobre ele.
Brunno: Que
demais, deve ter sido realmente divertido e interessante.
Brunno: Foi
difícil escrever narrando como Melissa - um
personagem feminino?
Sali: No
começo foi, mas depois fluiu. Eu cresci cercado por tias e primas, tenho muitas
amigas, a mulher não é um bicho de sete cabeças para mim.
Muito cedo eu entendi que os
sentimentos da mulher são exatamente iguais aos dos homens, só que sinceros.
Brunno: Além
de Santos Dumont, quais outra inspirações existiram para a história? Filmes,
Desenhos, Séries?
Sali: Foram muitas.
Além de histórias pessoais, outros elementos da história do Brasil e diversos
livros. Uma coisa que NINGUÉM entende quando digo é que boa parte das ideias do
livro surgiram depois que li um arco dos anos 60 do Homem Aranha chamado “A
morte da Gwen Stacey”.
Brunno: Já
pensou em escrever uma outra história, mas desta vez com o filho de Pablo?
Sali: Pedem
muito. Não parei para pensar nisso ainda.
Brunno: Está
certo! De qualquer forma, com certeza ainda virá muita coisa boa de você e que
a galera vai curtir bastante.
Eu e o Revista
INFINITA agradecemos pela entrevista, Felipe! Força aí, parceiro!Sucesso e Tamo Junto!
Sali: Obrigado
pelo bate papo, pessoal. E parabéns pelo Revista INFINITA, vocês estão
realizando um trabalho incrível!
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