Amor: trinta dias uteis para troca
Autora: Alessandra Rosa
Fico pensando, se o amor fosse uma mercadoria será que
estaríamos todos mais felizes e satisfeitos com ele? E antes que comecem a me
julgar por tratar o amor como um produto, eu vou citar um trecho famoso: “Nem
só de pão viverá o homem”. Acho que deveríamos parar de investir em padarias e
começar a fabricar em fornos o amor. Amor quentinho todas as manhãs.
Mas também tem o
lado do consumidor, o amor teria data de validade e possivelmente viria com
defeitos de fábrica. Algumas pessoas não ganhariam o suficiente para compra-lo,
então inventariam o amor-genérico: mais barato, embora não tão bom quanto o
original. E logo após, algum presidente criaria o bolsa-amor para populações
carentes (de afeto). Será que seria bom?
Sinceramente
agora me passa pela cabeça que poucas pessoas comprariam esse produto. O amor é
bom, mas traz tantas coisas chatas consigo como um pacote promocional: tem o
produto que você quer em si, mas também têm aqueles outros que você não pediu e
não fazia questão deles. É por isso que o amor é de graça, o homem não teria
capacidade de fabricá-lo sem defeitos.
Autora: Alessandra Rosa
Autora: Alessandra Rosa


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